Estrelas do teatro musical disputam 2º Prêmio Reverência hoje com apresentação Totia Meireles e Daniel Boaventura



Por Miguel Arcanjo Prado
As estrelas do teatro musical brasileiro vão se reunir nesta terça (19), a partir das 20h, no Teatro Alfa, em São Paulo, na cerimônia de entrega do Prêmio Reverência, que realiza sua segunda edição. A apresentação da noite ficará por conta dos atores Totia Meireles e Daniel Boaventura.
Esta é a primeira vez que São Paulo sedia a festa, que no ano passado foi realizada no Rio. Como o prêmio foca na produção de teatro musical das duas cidades, elas se revezam como sede da cerimônia.
“Precisamos unir forças e por isso é tão importante envolver as duas cidades'', declara Antonia Prado, idealizadora do Prêmio Reverência.
O troféu é assinado por Fred Gelli, também responsável pela identidade visual da Olimpíada do Rio. Doze musicais dividem as indicações. Os mais indicados são “Urinal, o Musical'', do Núcleo Experimental, de São Paulo, com 14, e “Kiss me, Kate'', da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, do Rio, com 13.
Segundo o Prêmio Reverência, 35 produções da temporada 2015 foram avaliadas por seus jurados em 15 categorias: Espetáculo, Autor, Direção, Ator, Atriz, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Cenografia, Figurino, Iluminação, Coreografia, Especial, Direção Musical, Design de Som e Voto Popular.
Totia e Daniel posam com Antonia Prado, criadora do Prêmio Reverência
Júri paulistano e carioca
Dois júris, um carioca e um paulistano, trabalham ao longo do ano vendo os espetáculos e votam de forma secreta cada um deles, primeiro escolhendo os indicados, depois, definindo os vencedores. Eles só conhecem o resultado juntamente com o público. Os votos são auditados pela Ecovis Pemom.
Em São Paulo, o corpo de jurados é formado pelos jornalistas Maria Luisa Barsanelli, Ubiratan Brasil e Miguel Arcanjo Prado (colunista e crítico teatral do UOL), a produtora Claudia Hamra, os pesquisadores Lucia Camargo e Claudio Erlichman, a diretora Neyde Veneziano e a coreógrafa Kika Sampaio.
No júri carioca estão a bailarina Ana Botafogo, os jornalistas e críticos Daniel Schenker, Macksen Luiz e Rafael Teixeira, a pesquisadora Tânia Brandão, o diretor Paulo Afonso de Lima, a coreógrafa Janice Botelho e a atriz e cantora Mirna Rubin.
No comando do Prêmio Reverência, Antonia Prado faz parceria com Rodrigo Rivellino, da AktuellMix. “Somos o terceiro maior produtor de musicais do mundo e não reconhecemos, como deveríamos, nossos talentos. A ideia do Reverência é dar mais visibilidade ao gênero e garantir sua perpetuação e crescimento'', ela afirma.
Veja quem está indicado:

ESPETÁCULO

‘Gonzagão – A Lenda’
‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
‘Mudança de Hábito’
‘O Beijo no Asfalto- O Musical’
‘Urinal, O Musical’
DIREÇÃO
Charles Mõeller por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
João Falcão por ‘Gonzagão – A Lenda’
Tadeu Aguiar por ‘Ou tudo Ou nada’
Zé Henrique de Paula por ‘Urinal, O Musical’
AUTOR (Texto Original ou Adaptação)
Anna Toledo por ‘Nuvem de Lágrimas – O Musical’
Bianca Tadini e Luciano Andrey por ‘Mudança de Hábito’
Heloísa Seixas e Julia Romeu por ‘Bilac vê Estrelas’
João Falcão por ‘Gonzagão – A Lenda’
ATOR
André Dias por ‘Bilac vê Estrelas’
Daniel Costa por ‘Urinal, O Musical’
Ícaro Silva por ‘Simbora – A História de Wilson Simonal’
José Mayer por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
ATRIZ
Alessandra Verney por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Bruna Guerin por ‘Urinal, O Musical’
Laila Garin por ‘O Beijo no Asfalto -O Musical’
Luciana Ramanzini por ‘Urinal, O Musical’
ATOR COADJUVANTE
Adrén Alves por ‘Gonzagão – A Lenda’
Claudio Tovar por ‘O Beijo no Asfalto – O Musical’
Fábio Redkowicz por ‘Urinal, O Musical’
Will Anderson por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
ATRIZ COADJUVANTE
Adriana Alencar por ‘Urinal, O Musical’
Claudia Ventura por ‘As Bodas de Fígaro’
Fabi Bang por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Leticia Maneira Zapulla por ‘Nuvem de Lágrimas – O Musical’
CATEGORIA ESPECIAL
Claudio Botelho pelas versões de ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Fernanda Maia e Zé Henrique de Paula pelas versões de ‘Urinal, O Musical’
‘O Beijo no Asfalto- O Musical’ (ineditismo de transformar a obra de Nelson Rodrigues em musical)
Nei Lopes pela composição das músicas de ‘Bilac vê Estrelas’
CENOGRAFIA
Edward Monteiro por ‘Ou tudo Ou nada’
Matt Kinley por ‘Chaplin, O Musical’
Rogério Falcão por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Zé Henrique de Paula por ‘Urinal, O Musical’
FIGURINO
Carol Lobato por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Fábio Namatame por ‘Chaplin, O Musical’
Kika Lopes por ‘Gonzagão – A Lenda’
Zé Henrique de Paula por ‘Urinal, O Musical’
ILUMINAÇÃO
Fran Barros por ‘Urinal, O Musical’
Paulo Cesar Medeiros por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Paulo Cesar Medeiros por ‘Nine – Um Musical Felliniano’
Renato Machado por ‘Gonzagão – A Lenda’
COREOGRAFIA
Alonso Barros por ‘Chaplin, O Musical’
Alonso Barros por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Duda Maia por ‘Gonzagão – A Lenda’
Gabriel Malo e Inês Aranha por ‘Urinal, O Musical’
DIREÇÃO MUSICAL
Alexandre Elias por ‘Gonzagão – A Lenda’
Delia Fisher por ‘O Beijo no Asfalto- O Musical’
Fernanda Maia por ‘Urinal, O Musical’
Marcelo Castro por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
DESIGN DE SOM
Carlos Esteves por ‘O Beijo no Asfalto- O Musical’
Fernando Fortes por ‘Gonzagão – A Lenda’
Marcelo Claret por ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’
Raul Teixeira por ‘Urinal, O Musical’

Nossa Estrela Totia Meireles: 'Nunca estourei como atriz, sempre fui degrau por degrau'

Aos 57 anos, atriz - que atualmente vive a Madrasta no musical 'Cinderella' - exibe ótima forma física, mas dispara: 'A velhice é muito chata'.


Embora tenha uma carreira de mais de 30 anos dedicados ao teatro e à TV, Totia Meireles considera que sua trajetória seguiu, especialmente na telinha, uma rota que pode até não ter sido rápida, mas foi constante. Se no começo os papeis eram pequenos, hoje ela pode se gabar de conquistar personagens importantes em novelas - como a malvada Wanda, de "Salve Jorge" - e também nos palcos, caso da cobiçada Madrasta no musical "Cinderella", atualmente em cartaz no Rio.

"Na televisão , fui pouco a pouco. Lá é mais lento que no teatro. Na TV, fui a 'amiga 1', depois a 'amiga'. Em outra novela, já tinha cenário, aí ganhei filhos... Até que cheguei a ser a vilãzona. Galguei mesmo, nunca estourei como atriz, sempre fui degrau por degrau. Se por um lado o galgar é lento, por outro ele é substancioso", reflete ela.


Madrasta malvada
Atualmente em cartaz com uma das mais famosas vilãs do mundo, Totia relembra que por pouco não fez a personagem, afinal, ela só foi convocada para atuar um mês da estreia da peça, quando os diretores Charles Moeller e Claudio Botelho assumiram o projeto.

"Com Cláudio e Charles fiz vários musicais. Quando me chamaram, vim correndo. Apesar de ser uma vilã, ela tem um efeito de admiração no público. Criança gosta de sentir medo, né? É impressionante que vários pequenininhos falam comigo no final da peça, tiram foto", diverte-se ela.

Embora a peça fique em cartaz até setembro, Totia já tem um dos momentos mais felizes desse trabalho, quando os netos do marido dela, Jaime Rabacov, foram conferir a montagem. "Foi um dos dias mais nervosos da minha vida (risos). Ao fim da apresentação, levei eles no camarim, fiquei lá montada. Aí a Pilar me viu toda vestida e olhava pra mim. Não sei o que se passa na cabeça dela, ela tem 3 anos e meio. Acho que ela sabe que é avó, mas me chama de madrasta. 'Cinderella' veio na hora certa. Fazer algo que eles possam ver é uma delícia", derrete-se ela.


Casada há 25 anos, Totia não mora com o marido e não teve filhos

O casamento de Totia e Jaime, aliás, sempre causa curiosidade no público. Em um mundo em que o padrão é que as pessoas morem sob o mesmo teto, os dois - que estão juntos há 25 anos - sempre viveram em casas separadas.

"Não sei se é a receita ideal, sei que pra gente dá certo assim. Ele mora na Região Serrana do Rio e eu moro na capital. Recentemente foi mais complicado, fiquei quase um ano direto em São Paulo por causa de 'Cinderella' e outro musical que fiz, além de uma série. Foi bem puxado, mas vamos dando um jeito. Eu ia pra lá, ele vinha... Já estamos acostumados a ser dessa forma, então nos adaptamos a cada situação", garante.

Filhos, eles não tiveram, e Totia afirma que essa é uma questão muito tranquila para ela. "Tenho um grupo de oito amigas. Dessas oito, seis não tiveram filhos, só duas tiveram. Ainda não é tratado como tão natural, mas estamos caminhando. Outro dia falei pra minha sobrinha: 'Se você não tiver filhos, OK. Não teve, não sofra por isso'. Às vezes nem a gente sabe se a gente quer", diz ela.


'A velhice é muito chata'
Durante o papo com Totia - e também ao vê-la na TV - é possível notar que a atriz está em excelente forma. Aos 57 anos, ela conta que não deixa de se cuidar. "Faço musculação, pois me ajuda a fazer peças que exigem de mim, como essa de agora, e para a vida, né? Para chegar bem aos 80, 90 anos. Todo dia que posso, faço musculação e estou querendo voltar para o balé também", conta ela, que, sem papas na língua, diz que não gostar nada do passar dos anos.

"Não quero fazer 60 (risos). É bom, tem vivência, mas a velhice é muito chata. Estava conversando com a Cissa Guimarães e é muito louco, uma transformação que você sente a cada dia. Tenho a energia dos 30, essa vontade de viver, mas não tenho 30 anos mais", avalia.

Embora "brigue" com o tempo, ela se diz feliz em fazer parte de uma geração que redefiniu o que pode se esperar de uma mulher quase sexagenária. "Quando dizem que não pareço ter 57 anos, digo que pareço, sim. Hoje em dia, uma mulher dessa idade é assim como eu. Outro dia comemorei bodas de prata, 25 anos de casada, e lembro da minha mãe comemorando, ela era uma senhorinha. Atualmente pergunto para os meus netos se eles me acham velha e eles dizem que não. Da minha mãe pra mim mudou muito. Quando pensei que minha mãe usaria calça jeans, bota, sapato alto? Tem essa juventude que a gente traz, mas é terrível", brinca.



Fonte: Ego

Nossa Estrela como apresentadora do Prêmio Reverência, esse ano a premiação homenageia o talento de Marília Pêra

Cerimônia da 2ª edição da premiação dedicada aos musicais acontece no Teatro Alfa, terça, 19, com 12 finalistas


Entre as estrelas que primeiro encenaram no Teatro Alfa em 1998, ano de sua inauguração, se destacava Marília Pêra, que ali viveu Geni, de Toda Nudez Será Castigada. Marília morreu em dezembro do ano passado, mas parte de seu precioso talento será relembrada nesta terça-feira, 19, durante a cerimônia de entrega do 2.º Prêmio Reverência, dedicado ao teatro musical do Rio e São Paulo.
“Marília sempre foi uma inspiração para todos que, de alguma forma, trabalham com musicais”, comenta a produtora Antonia Prado, criadora do prêmio em parceria com Rodrigo Rivellino, da AktuellMix, e uma das grandes incentivadoras do gênero no Brasil. “Como homenageada do ano, ela será lembrada por alguns de seus grande números.”
Assim, a grande estrela começará a ser lembrada com Letícia Colin vivendo um momento de Como Vencer na Vida Sem Fazer Força, encenado por Marília em 1964. Em seguida, será a vez de Laila Garin exibir seu talento em Roda Vida, marcante peça montada em 1968, quando a ditadura militar já exibia suas garras.
Depois, será o momento de Totia Meireles mostrar que é uma das damas do musical brasileiro ao se divertir com um número de Pippin, o musical eternizado por Bob Fosse que Marília interpretou em 1974. Totia será também a apresentadora da cerimônia ao lado de Daniel Boaventura, que ainda vai relembrar outro grande momento de Marília: o musical Vitor ou Victoria, encenado em 2001.
Finalmente, o instante que promete muita emoção: Sandra Pêra, irmã de Marília, cantando e dançando em Hello, Dolly!, último musical da inesquecível atriz, montado em 2013.
A cerimônia promete ser luxuosa – 60 atores e 15 músicos estão convocados para a apresentação desses números especiais e também dos espetáculos finalistas. Nesta segunda edição, o Reverência contou com a participação de 35 produções inscritas, número expressivo em um ano marcado pela crise econômica. Dessas, 12 musicais dividem as indicações das 15 categorias (espetáculo, autor, direção, ator, atriz, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, cenografia, figurino, iluminação, coreografia, especial, direção musical, design de som e voto popular).
Urinal, o Musical e Kiss me, Kate – O Beijo da Megeralargam na frente e concorrem em quase todas as categorias, com 14 e 13 indicações, respectivamente.
Em seguida, aparecem Gonzagão – A Lenda (nove indicações), O Beijo no Asfalto (seis), Bilac Vê Estrelas eChaplin, O Musical empatados em três categorias, além de Nuvem de Lágrimas, Mudança de Hábito e Ou Tudo Ou Nada com duas indicações cada um. Simbora – A História de Wilson Simonal e Bodas de Fígaro também foram lembrados.
“A ideia do Reverência é dar mais visibilidade ao gênero e garantir a sua perpetuação e seu crescimento. Precisamos unir forças e, por isso, é tão importante envolver Rio e São Paulo”, diz Antonia.
A novidade deste ano é que a cerimônia será gravada pelo canal Bis, que vai exibi-la no dia 1.º de agosto.

Fonte: Estadão

Madrasta em 'Cinderella', Totia Meireles diz que se dá muito bem com a enteada na vida real


Vez ou outra, Totia Meireles é interrompida por um xingamento durante o espetáculo “Cinderella”, no Teatro Bradesco, na Barra. Os insultos normalmente são gritados por crianças. Acontece com frequência: revoltados com as maldades provocadas pela madrasta interpretada pela atriz, os pequenos exclamam, sem receio diante da plateia, ofensas “delicadas”. Numa das últimas vezes, Totia segurou o riso ao ouvir, sobre o palco, um agudo: “Sua bruxa má e feeeia!”. Ela gosta, mas não nega que fica preocupada.
— Me dá um pouco de aflição, sabe? Fico com pena das crianças... O próprio Charles Möeller (diretor da peça) me disse, há pouco tempo, que acha que minha madrasta ficou mais suave. Eu respondi: “Pois é!” (risos). Na peça, maltrato muito a Cinderela! É muito difícil, para mim. Tem horas em que fico com pudor de fazer tanta coisa ruim na frente dos pequenos — desabafa a atriz, ponderando: — Eles ficam me olhando com uma cara meio assustada, mas depois querem tirar foto. Acho bonitinho ver essa reação.

Madrasta há mais de 25 anos fora da ficção, Totia hesita ao usar o termo para se definir diante da enteada Olívia Rabacov, de 38 anos — filha de Jaime Rabacov, com quem está casada desde 1991:
— Olha, na verdade, sou uma boadrasta. Nunca fui e jamais serei madrasta!
Olívia assina embaixo. Desde que se conheceram, as duas são unha e carne. Pelo netos do marido da atriz, por exemplo — Santiago, de 7 anos, e Pilar, de 3 —, Totia é chamada de vovó. No dia em que assistiram à peça, os dois custaram a conectar a irrealidade da trama com a realidade familiar. Ao final, pediram para ver o espetáculo mais uma vez.
— Totia é muito coruja. Ela leva as crianças na natação, no médico... É total mão na massa! Não é avó de porta-retrato. Ela é muito engajada na função, sabe? Diria que é uma superdrasta! — conta Olívia.

Nossa Estrela no Programa Superbonita com Ivete Sangalo


Hoje Totia gravou sua participação no Programa Superbonita quem comanda o Programa é Ivete Sangalo.
Todas às segundas à partir das 21:30hs vai ao ar o programa, já o programa com a Nossa Estrela irá ao ar muito em breve fique ligado.

Uma madrasta tentando sair da condição de viúva

Todos nós somos enfeitiçados pelos contos de fadas. Personagens nobres e bons que sofrem. Personagens maus que, de tão maus, são péssimos. Histórias de orfandade, de injustiças. E, ao final, todos são redimidos. Encontram-se os pais, os grandes amores, os péssimos são punidos. Assim é com “Cinderella”, que reúne na mesma trama todos esses elementos.
A transposição feita em 1956 por Rodgers e Hammerstein, autores do consagrado “Música Divina Música”, é remodelada por Douglas Carter Beane para introduzir temas contemporâneos nos tempos do politicamente correto: luta social, irmã legal, amor por merecimento. Assim, mantém-se o mito e a emoção, mas, ao mesmo tempo, tem-se a necessária dose de conteúdo para ir além do conto de fadas.

Um musical clássico, mas com características particulares. Charles Möeller, diretor junto com Claudio Botelho, chama a atenção, por exemplo, para a forte presença de Shakespeare no espetáculo: “O Príncipe, logo em sua primeira canção, coloca em dúvida se tem ou não vocação para ser rei. Uma forte presença do ‘ser ou não ser’ do Hamlet”. Para o diretor, “há também um olhar diferente para a mulher – nos anos 50, era ela a própria dona do seu lar, seu único espaço de ação. Em ‘Cinderella’, a protagonista entende as ideias de igualdade entre os cidadãos e as repassa para o Príncipe, enquanto dança com ele durante o baile”.
Com Bianca Tadini no papel-título e Totia Meireles como a madrasta mais preocupada em deixar a condiçãoo de viúva e desencalhar a filha, assistimos a um desfilar de canções que misturam os episódios clássicos do baile e a perda dos sapatos com novos, como a revolta dos camponeses. É a maior prova que os tempos mudaram mesmo: até a madrasta é simpática e tem final feliz.

Serviço
Teatro Bradesco Rio
Sextas às 21h
Sábados às 16h e 20h
Domingos às 16h

Compre AQUI
Fonte: Lu Lacerda