"Cinderella, O musical" estreia na Sexta no Teatro Bradesco

O musical "Cinderella" estreia sexta no Teatro Bradesco e segue em cartaz até 4 de Setembro. A peça, quer fez sucesso na Broadway, chegou ao Brasil no ano passado, com apresentações para mais de cil mil pessoas, em São Paulo, e agora está no Rio. O elenco tem Bianca Tadini no papel-título; Totia Meireles como Madame, a madrasta; e Bruno Narchi como o príncipe Topher. A direção é de Charles Möeller e Claudio Botelho. O enredo conta a história da jovem que se transforma em princesa por um dia e encontra seu grande amor graças a um sapatinho de cristal perdido. Às sextas, a apresentação começa às 21h. Aos sábado, as sessões serão às 16h e às 20h. Aos domingos, a peça começa às 16h. A partir de R$ 60. Telefone 4003-1212


Adquira já sei ingresso AQUI

Veja Rio fala de Cinderella que estreia essa semana no Rio

Em seu terceiro musical consecutivo depois de "Nine" e "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos", Totia Meireles vai estrear essa semana na sexta (24), no Teatro Bradesco, em "Cinderella". A atriz é a madrasta no espetáculo, sucesso de público em São Paulo. O papel, na verdade, era de Cássia Kiss, que abandonou o elenco quando o diretot Ulysses Cruz pediu demissão a um mês da estreia alegando falta de liberdade artística, "Eu estava louca para algo para os meus netos. O divertido de encenar para a plateia com muitas crianças é que, vira e mexe, escuto, lá do palco, coisas como "Sua bruxa má!". Já teve até adulto se exaltando. Um pai gritou; "Sua falsa". Quase tive um acesso de riso", conta às gargalhadas. Na vida real, vejam só, a artista também é madrasta. Mas das boazinhas, ela garante - e moderna. A atriz adora andar de moto pelas ruas da cidade.




Uma Cinderella com preocupações sociais

Bianca Tadini e Totia Meirelles falam da nova versão do musical de Rodgers & Hammerstein, onde a gata borralheira chama a atenção do príncipe para os problemas do reino. Acompanhe o 'VEJA Música'.


Acompanhe o vídeo da entrevista

Fonte: Veja

Depois de sucesso em São Paulo, musical Cinderella chega ao Rio

Superprodução de Charles Möeller e Claudio Botelho traz Bianca Tadini no papel-título e Totia Meireles na pele da madrasta



Adaptação do musical homônimo da Broadway, que estreou em Nova York, em 2013, Cinderella chega ao Rio de Janeiro após uma bem-sucedida temporada em São Paulo. Dirigido por Claudio Botelho eCharles Möeller, o musical traz no papel-título Bianca Tadini, conhecida por interpretar Dorothy, em O mágico de Oz, e Totia Meirelles como a diabólica madrasta. A estreia é no dia 24, no Teatro Bradesco, na Barra. 
“Eu já estava doida para fazer um musical infantil, para que meus netos me vissem no palco. O de 7 anos já me assistiu em ‘Nine’, mas me incentivou. E, quando apareceu o convite, tive a certeza de que tinha chegado a hora de fazer. Afinal, Cinderella é um clássico!”, brinca Totia, que, pouco tempo antes de estrear, foi chamada às pressas para substituir Cássia Kis no projeto. 

Charles e Claudio também tinham o sonho antigo de fazer uma montagem brasileira do clássico infantil. “Aceitamos o convite porque é um musical maravilhoso! Além de criarem Cinderella,Richard Rodgers Oscar Hammerstein são autores de espetáculos que determinaram os pilares dos musicais da Broadway nos anos 1940, como ‘Oklahoma’ e ‘Carousel’. Muitos não sabem, mas foram eles que estabeleceram o padrão de qualidade dessa forma de fazer teatro”, contextualiza Charles Möeller.
Bianca Tadini, que venceu 1.500 candidatas ao papel principal, conta que construiu a personagem à sua maneira, um pouco diferente da do clássico da Disney. “Minha Cinderella tem mais personalidade. Não é só doce e meiga”, explica. 
Compre seus ingressos AQUI

Nossa Estrela no monólogo “Herivelto como conheci”

Herivelto Martins
Escrito por Cacau Hygino e Yaçanã Martins e encenado por Marília Pêra em 2013, o monólogo “Herivelto como conheci” será remontado este ano. Agora, com Totia Meirelles e, de novo, dirigido por Cláudio Botelho.
 Fonte: O Globo

Crítica: Musical “Cinderella” une qualidade a provocação política

Com musicais cada vez mais focados apenas nas vozes de seus intérpretes, deixando de lado todo o resto, ou seja, a dramaturgia, a atuação e a dança, é um alento assistir ao musical “Cinderella''.
A peça escrita por Rodgers & Hammerstein para a televisão estadunidense em 1957 ganhou texto com nova roupagem na Broadway em 2013 assinado por Douglas Carter Beane. É nesta versão que se baseia a encenação brasileira com direção majestosa de Charles Möeller e versão fluída de Claudio Botelho, que assumiram a montagem após dois diretores abandonarem o processo: Ernesto Piccolo e Ulysses Cruz.
Möeller e Botelho, tarimbada dupla que já havia feito com sucesso “A Noviça Rebelde'', da mesma dupla de autores norte-americanos, repete o acerto nesta montagem produzida pela Fábula Entretenimento.
Ao contrário dos musicais que nada mais são do que um compilado de canções conhecidas com um texto improvisado e atuações escolares, em “Cinderella'' o conjunto é harmonioso e de qualidade impactante. O espetáculo prende a plateia do começo ao fim, em uma história que une fantasia a uma forte crítica social e política.

Assim, o público não se impressiona apenas com a grandeza da superprodução: com o cenário suntuoso e que mescla realismo com fantasia assinado por Rogério Falcão, com os figurinos magníficos de Carol Lobato, com a coreografia infatigável de Alonso Barros ou com o show de luzes proposto por Maneco Quinderé. Mas, também, vibra com cada uma das atuações carismáticas do talentoso elenco, embalado por uma virtuosa orquestra regida por Carlos Bauzys.
Após trilhar longo caminho no mundo dos musicais, inclusive nos bastidores, onde é tradutora e versionista respeitada, Bianca Tadini mostra maturidade e domínio técnico, sem jamais perder o frescor, ao dar vida a Cinderella.
Como o bobalhão Príncipe Topher, papel que divide com Tiago Barbosa (também muito gracioso como Lorde Pinkleton) , Bruno Narchi está preciso e convincente. Já Totia Meirelles constrói sua Madrasta sem dúvidas, fazendo com que o público compre a sua vilã.
E o elenco coadjuvante está afinado, vivo e com bom tempo para a comédia, caso do tarimbado Carlos Capeletti na pele de Sebastian, das espevitadas Raquel Antunes e Giulia Nadruz como as filhas da Madrasta, da carismática Ivanna Domenyco, intérprete da envolvente Fada Madrinha, e do aguerrido Bruno Sigrist, como o revolucionário Jean-Michel. Todos em excelente performance.
A mesma sintonia se repete no restante do elenco e no coro. Há vida intensa exalando no palco todo o tempo, mantendo o público desperto e dentro da história.
E o melhor achado deste musical é não ficar apenas no conto de fada, mas fazer uma ponte entre o reino da fantasia e o mundo real em que vivemos, propondo uma discussão política que se casa com o tenebroso momento vivido pelo Brasil.
O espetáculo critica ricos e poderosos que não querem abrir mão de seus privilégios, para o qual inventaram o nome medonho de “meritocracia''. Os que mais têm pouco se importam com os mais pobres, passando por cima destes e buscando entretê-los com um bem sucedido jogo midiático, tornando-os massa de manobra, para permanecerem com as mãos nos cofres públicos. Esta é a premissa do enredo de “Cinderella'', mas bem que poderia ser uma análise do Brasil contemporâneo.
Ver tal discurso político presente em um grande musical é um alento. “Cinderella'' prova que entretenimento não precisa abrir mão da inteligência nem da qualidade artística.