Madrasta em 'Cinderella', Totia Meireles diz que se dá muito bem com a enteada na vida real


Vez ou outra, Totia Meireles é interrompida por um xingamento durante o espetáculo “Cinderella”, no Teatro Bradesco, na Barra. Os insultos normalmente são gritados por crianças. Acontece com frequência: revoltados com as maldades provocadas pela madrasta interpretada pela atriz, os pequenos exclamam, sem receio diante da plateia, ofensas “delicadas”. Numa das últimas vezes, Totia segurou o riso ao ouvir, sobre o palco, um agudo: “Sua bruxa má e feeeia!”. Ela gosta, mas não nega que fica preocupada.
— Me dá um pouco de aflição, sabe? Fico com pena das crianças... O próprio Charles Möeller (diretor da peça) me disse, há pouco tempo, que acha que minha madrasta ficou mais suave. Eu respondi: “Pois é!” (risos). Na peça, maltrato muito a Cinderela! É muito difícil, para mim. Tem horas em que fico com pudor de fazer tanta coisa ruim na frente dos pequenos — desabafa a atriz, ponderando: — Eles ficam me olhando com uma cara meio assustada, mas depois querem tirar foto. Acho bonitinho ver essa reação.

Madrasta há mais de 25 anos fora da ficção, Totia hesita ao usar o termo para se definir diante da enteada Olívia Rabacov, de 38 anos — filha de Jaime Rabacov, com quem está casada desde 1991:
— Olha, na verdade, sou uma boadrasta. Nunca fui e jamais serei madrasta!
Olívia assina embaixo. Desde que se conheceram, as duas são unha e carne. Pelo netos do marido da atriz, por exemplo — Santiago, de 7 anos, e Pilar, de 3 —, Totia é chamada de vovó. No dia em que assistiram à peça, os dois custaram a conectar a irrealidade da trama com a realidade familiar. Ao final, pediram para ver o espetáculo mais uma vez.
— Totia é muito coruja. Ela leva as crianças na natação, no médico... É total mão na massa! Não é avó de porta-retrato. Ela é muito engajada na função, sabe? Diria que é uma superdrasta! — conta Olívia.

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