“Cinderella” high-tech e politizada é o programa cult do feriado

Em meio a um boom de musicais que estreiam em São Paulo, o destaque fica para “Cinderella – 0 Musical”, espetáculo dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho em cartaz a partir deste mês no Teatro Alfa. Com a mesma versão do musical da Broadway, adaptada por Douglas Carter Bea em 2013, a peça leva para o palco temas atuais como bullying e igualdade social, e também lida com o universo feminino e o direito de lutar por seus sonhos. Com elenco afiado, que inclui Bianca Tadini, Bruno Narchi e Totia Meireles e tecnologia holográfica em 3D inédita no Brasil, é um programa para todas as idades. Abaixo, cinco observações do Glamurama sobre a peça.
TECNOLOGIA
A cena que tira o ar da plateia? Quando a Fada Madrinha deixa a princesa pronta para o baile com, literalmente, um passe de mágica. Tudo graças a efeito holográfico em 3D, usado pela primeira vez em cena no Brasil. Os efeitos visuais tomam conta da peça em outros momentos, como quando a Fada Madrinha voa e também quando monstros invadem e incendeiam a plateia. Show!
LACUNA
Os animais, amigos fiéis da princesa, foram presenças sentidas no espetáculo. Em especial os ratinhos Tatá e Jaque, destacados na versão da Disney, que fariam qualquer coisa pela Cinderella, como quando remodelam todo o vestido que era de sua mãe para ela ir ao baile. Este vestido, por sua vez, não faz parte do musical brasileiro.
HUMOR IRÔNICO
Para agradar uma plateia mista de crianças e adultos, o espetáculo tem o senso de humor como elemento poderoso. É ácido, simples, e ainda sim inteligente. Tira onda de frases e situações clichês que, se contadas aqui, estaríamos fazendo spoiler. O que podemos dizer é: não espere mais do mesmo.
FIGURINO 
Cores vivas despertam o olhar do espectador. O figurino é praticamente todo reproduzido das adaptações passadas, mas com uma qualidade impecável na execução.
POLITIZADA 
A Cinderella de Charles Möeller e Claudio Botelho – este último que interrompeu nesta semana, em Belo Horizonte, o espetáculo  “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, o qual dirige e atua, para criticar Lula e Dilma Rousseff -, é extremamente politizada. Tem opinião formada, é autêntica e luta pela democracia. Em um momento de extrema semelhança com o momento atual da política brasileira, a ‘vossa alteza’ proclama, depois de ouvir a voz do povo, as primeiras eleições livres para eleger o 1º ministro do reino.

Fonte: Glamurama

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