Velha conhecida do público de TV, Totia Meirelles surpreende


Claro que apostar numa protagonista pouco conhecida do público de televisão, como fez Gloria Perez com Nanda Costa em “Salve Jorge”, é um risco. Mas o que se constata na primeira pesquisa da novela é que as surpresas podem vir de onde menos se espera. E a maior delas nessa novela não é a mocinha. É Totia Meirelles, uma atriz que o telespectador está careca de conhecer e cujo talento ninguém questiona há muitos carnavais. Pela enésima vez, ela recebeu um papel de bom tamanho, mas não imenso. Porém, nos capítulos mais recentes, a novela tem sido dela.
Totia é Wanda, agente de uma cadeia de tráfico humano. Sua missão é captar moças bonitas que embarca para Istambul, e bebês, que revende. Aparentemente simpática, frequenta a gafieira, vai à casa das famílias de onde coopta sua “matéria prima” e toma cafezinho com as mães das filhas que sequestra. Wanda, claro, é um monstro. Mas sua missão seria fazer escada para um monstro muito pior, a Lívia de Claudia Raia, chefona do negócio. Só que não foi nada disso que aconteceu. Claudia, que brilhou tanto em “Ti-ti-ti” como Jaqueline e em “A favorita” como Donatella, aqui ainda está longe do tom de sua personagem. Não parece cruel, e sim pouco à vontade, dura, empostada. Com Wanda, Totia também deixa para trás a lembrança da Zambeze de “Fina estampa”, uma hippie que não era nem cômica, nem dramática, personagem muito aquém do seu talento.
Escalar muitos atores, como fez Gloria Perez em “Salve Jorge”, tem como consequência pulverizar talentos, ou seja, apagar quem merecia mais destaque e fica escondido em participações menores. Não foi, felizmente, o que aconteceu com Totia. Para ela foi uma ótima oportunidade.

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